Na sessão pública com Edgar Silva que, no dia 19, juntou mais de centena e meia de apoiantes na Sociedade 1.º de Maio, em Tires (Cascais), muitos foram aqueles que quiseram intervir, colocar questões e dar a sua opinião sobre a candidatura e a situação política actual, e muitos foram os momentos em que os aplausos se sobrepuseram à intervenção do candidato.
Na presença dos mandatários concelhios da candidatura em Cascais e Oeiras, Clemente Alves e Amílcar Campos, respectivamente, e de Aníbal Guerreiro e Sofia Grilo, do Executivo da DORL do PCP, Edgar Silva começou por abordar o papel decisivo que o Presidente da República (PR) deve ter, enquanto primeiro garante das instituições democráticas, salientando o facto de o actual PR estar a perverter a democracia com o arrastar da decisão da formação de um governo apoiado por uma maioria parlamentar.
A este propósito, o candidato teceu duras críticas a Cavaco Silva, pois o actual PR sempre foi conivente com os interesses dos grandes grupos financeiros, promulgando a legislação gravosa que o governo PSD/CDS produziu contra os trabalhadores, o povo e o País.
Edgar Silva denunciou igualmente a «resignação» da comunicação social perante o que considera o «vencedor» antecipado das eleições – «perversão democrática» que lembra as eleições do «antigamente» –, bem como o «branqueamento» do candidato «supra-partidário e apartidário que tenta construir»: Marcelo Rebelo de Sousa, que foi presidente do PSD e é o candidato da direita.
Sublinhando que, pelo contrário, a sua candidatura assenta na defesa dos valores da Abril e da Constituição, e que tudo fará para a cumprir e fazer cumprir, Edgar Silva apelou aos patriotas e democratas que divulguem os seus princípios, e pediu a cada um dos seus apoiantes que seja um mandatário da candidatura.